sexta-feira, 27 de abril de 2012

Lula, o presidente da Educação

Nunca gostei da figura de Lula, nunca acreditei que ele pudesse fazer um bom governo, mas vejam que ironia, Barack Obama é (ou era) o cara e está implacavelmente sendo reprovado pelos americanos...
Pois é, enquanto Lula já recebeu inúmeros prêmios de universidades federais Brasil afora por seu destaque na melhoria da educação. Tenho que dar o braço a torcer, foi o melhor governo pós ditadura desse país! Apesar de tudo, temos tido condições de comprar muito do que nos era impossível dantes. Há muito a se melhorar, mas Lula fez a lição!


MEC anuncia que Lula receberá títulos de universidades do Rio e exalta gestão

Em matéria publicada no site do ministério, Mercadante diz que 'Lula foi o presidente que mais fez pela educação do País.


O Ministério da Educação usou seu site oficial para exaltar a gestão do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. Uma notícia publicada às 20h45 desta quinta-feira, 26, fala sobre a homenagem que Lula receberá de quatro universidades federais do Rio e ainda contém a seguinte declaração do ministro Aloizio Mercadante: "Lula foi, seguramente, o presidente que mais fez pela educação do País, em especial pelo ensino superior".
Mercadante diz também que "o MEC está honrado pelo reconhecimento ao presidente Lula por parte das universidades federais do Rio de Janeiro". A notícia ficou em destaque na página do ministério até o início da tarde desta sexta.
Na próxima semana, as Federais do Rio de Janeiro (UFRJ), do Estado do Rio de Janeiro (UniRio), Fluminense (UFF) e Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) vão entregar o título de doutor honoris causa ao ex-presidente. A cerimônia será no Teatro João Caetano, no centro da capital carioca.
A notícia do MEC termina assim: "Na gestão do ex-presidente foram criadas 14 universidades federais e 126 campi universitários. Programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Universidade para Todos (ProUni), voltados para o acesso ao ensino superior, foram ampliados ou tiveram as regras reformuladas para ampliar as condições de ingresso".
Procurado, o MEC não comentou os motivos da publicação do texto.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Aula Dia do índio


Gente!!! Minha aula do dia do índio foi umas das melhores deste ano!
Como trabalho num colégio onde temos lousa digital e internet a vontade, acessei com meus pequenos o site http://pibmirim.socioambiental.org/, eles ficaram encantados com os vídeos, fotos e informações sobre as mais diversas tribos brasileiras, empolgaram-se com o joguinho onde com um avatar brincam e conhecem uma aldeia indígena.
Antes deixei que eles falassem sobre o que conheciam acerca dos índios, e como esperado vieram com respostas do tipo: "Eles vivem nus na floresta, caçando e pescando e fazendo (som "típico de índio feito com a boca)."Lemos uma reportagem do jornal do dia sobre a maior tribo indígena do Nordeste, os Xucurus, pedi que eles observassem a forma como os índios estavam vestidos nas fotos.Ficaram surpresos ao ver as imagens.


Mais surpresos ainda ficaram ao saber que os índios frequentam escolas e universidades e usam computador e celular.



Bem, do cocar não deu pra fugir, por motivos que não seria muito ético de minha parte expor aqui, mas fiz questão de enfatizar que existem muitos povos indígenas diferentes, com línguas diferentes, modo de vestir diferente, e que eles são como nós, apenas tem uma cultura diferente. Ah! Eles também amaram conhecer algumas brincadeiras dos índios e seus cânticos. 

terça-feira, 17 de abril de 2012

Ideias para o Dia do índio

Venho trazer uma reflexão sobre a reprodução de sociedade na escola, bom Dia do índio está chegando, e com ele uma sequência de coisas sem noção típicas de datas comemorativas em escolas, crianças pintadas com guache com penachos de papel na cabeça, aprendendo musiquinhas descontextualizadas, enfim...
Tudo isso na verdade não seria problema, se junto com esses conceitos prontos viesse uma maior reflexão sobre a situação atual do índio no Brasil, claro que para Educação Infantil essa refelexão seria querer demais, contudo, em trabalhos manuais, como pinturas e arte com sucata é possível fazer coisas muito legais, por exemplo, instrumentos utilizados pelos índios em suas festas, materiais diversificados, como tinta feita com terra e semente de urucum, pequenas receitas com alimentos que de fato fazem parte da cultura dos índios.
O que questiono é que mesmo em meio a tudo isso muitas vezes o índio e apresentado como mero folclore, uma figura muitas vezes engraçada que tem uma cultura muuuuuuuuuito diferente da nossa,   quando na verdade uma boa variedade dos nossos costumes herdamos deles, como se todos vivessem pelados correndo pela floresta, quando sabemos que na verdade hoje em dia eles frequentam escolas e universidades e partilham muito da cultura capitalista também , sem desprezar sua cultura de raiz.
O "homem branco" tomou a terra desse povo, o escravizou e agora usa um dia "dedicado" a ele para ridicuralizá-lo. Brincar de índio? Não gosto da brincadeira que andam  fazendo por aí.

Abaixo alguns links com ideias interessantes para vivenciar essa data:

Blog da FUNAI

Site do Instituto Socioambiental

Sala do professor


Para concluir encontrei essa matéria da Revista Escola que fala muito sobre o que eu já pensava. Ótima!!!

O que (não) fazer no Dia do Índio

Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar



Dia do índio
O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.

Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. "O índigena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, 'brancos'", diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.
Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:

1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las.
Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. "Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea", explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.

2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens

Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.

3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14

Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.

4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola

A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.

5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas

"Oca" é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.

6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas

Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?

segunda-feira, 2 de abril de 2012

2 de Abril - Dia do Autismo


Para comemorar o Dia do Autismo com boas expectativas

Deputados e entidades querem proteção de pessoas com autismo




Deputados e representantes de organizações não governamentais pediram nesta segunda-feira (2) a aprovação, pela Câmara, do Projeto de Lei 1631/11, do Senado, que cria uma política de proteção dos direitos dos autistas e os equipara às pessoas com deficiência. Atualmente, por não ser considerado deficiente, o autista não consegue ser atendido no sistema público de saúde.
A proposta, aprovada na quarta-feira (28) pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, ainda depende de análise de outras duas comissões e do Plenário. O projeto foi lembrado em sessão solene que comemorou o Dia Mundial da Conscientização sobre o Autismo (2 de abril).
“Vamos pedir a prevalência da proposta na Comissão de Seguridade Social e Família, que é a próxima a analisá-la, e também conversar com o presidente da Casa, para que tenhamos o projeto apreciado o mais rapidamente possível”, garantiu a deputada Erika Kokay (PT-DF), que presidiu a sessão.
Transtorno
O autismo é um transtorno neurológico que afeta o indivíduo em três áreas: interação social, comunicação e imaginação. Não se conhecem exatamente suas causas, mas os sintomas costumam aparecer antes dos três anos de idade. O portador tem dificuldade em manter contato social, comunicar-se espontaneamente e realizar tarefas cotidianas. A linguagem é atrasada ou, nos casos mais graves, não se manifesta. O comportamento tende a ser repetitivo em áreas de interesse.
Estima-se que haja 2 milhões autistas no Brasil, muitas vezes não diagnosticado. A deputada Rosinha da Adefal (PTdoB-AL), que sugeriu a sessão, reclamou da falta de políticas públicas relacionadas ao problema. “Em nosso país não existe diagnóstico precoce na rede pública de saúde, a família não recebe apoio psicológico adequado”, observou a parlamentar, em mensagem lida no plenário. A consequência é que os autistas – em sua maioria pessoas do sexo masculino – são mantidos segregados por suas famílias, tendo mesmo recebido o apelido de “meninos do porão”.
Na opinião do deputado Policarpo (PT-DF), que relatou o PL 1631/11 na Comissão de Trabalho, o dia 2 de abril é importante para derrubar mitos que cercam o autismo, como o de que essas pessoas vivem em um mundo próprio, sem entender o que ocorre ao seu redor. “Ao assegurar direitos, o projeto de lei contribui para diminuir o preconceito. O tratamento precoce tem resultados promissores, e a inclusão escolar é fundamental para desenvolvimento das habilidades dos autistas”, observou o relator.
Centros de tratamento
Por sua vez, a deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) sugeriu que se aumente o orçamento destinado à saúde mental. No caso dos autistas, ressaltou, faltam investimentos em centros de tratamento com fonoaudiólogos, terapeutas, psicólogos, neurologistas, psiquiatras e nutricionistas.
Em mensagem lida na sessão pelo deputado Mauro Benevides (PMDB-CE), o presidente da Câmara, Marco Maia, destacou a importância do envolvimento do Parlamento na questão. “Democracia não é apenas a obediência às maiorias. A democracia talvez seja melhor descrita como o respeito às minorias”, disse.
Iluminação especialAlguns dos principais cartões-postais do País vão ganhar uma iluminação especial no início da noite desta segunda-feira, em tons de azul, para marcar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. A iniciativa tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade sobre a necessidade do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.
Serão iluminados, entre outros monumentos, o prédio do Congresso Nacional, o Cristo Redentor e o Teatro Amazonas, em Manaus; o Congresso Nacional, em Brasília.
Abaixo segue um vídeo muito bom, desmistificando alguns mitos sobre o autismo.